Estamos vivendo um momento sem comparação. A cada dia surge uma nova forma eletrônica de nos comunicarmos. As chamadas mídias sociais têm dominado a todos, independente das condições sociais, idade ou localidade; todos, em todos os lugares, estão de uma forma ou outra sendo impactados com estas tecnologias, e por mais que alguns resistam, elas afetam a todos, pois se alguém não as utiliza, as pessoas que a cercam usam e as mantém envolvidas. Se por um lado isto traz benefícios, de igual modo traz também inúmeros malefícios. Isto pode ser comprovado pelas inúmeras informações que não são verdadeiras e acabam por circular e produzir danos na vida de pessoas, organizações e etc. A Igreja também tem sido afetada por este processo e, muitas vezes, tem se deixado levar pela onda das mídias sociais. Não podemos perder de vista que O desafio de ser Igreja de Cristo implica em: ser coluna e firmeza da verdade. “casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.” I Timóteo 3.14 – 15. Implica também em ter uma visão das necessidades do homem de hoje de forma integral. Conforme encontramos em Efésios 3.10, “a igreja é o agente terreno da reconciliação cósmica desejada por Deus. Isto significa que a missão da Igreja é mais abrangente do que a evangelização. Este é o papel central da Igreja como agente de reconciliação, e, portanto, a prioridade inicial do ministério eclesiástico ao mundo.” Segundo Efésios, o objetivo é que Deus possa glorificar-se na união de todas as coisas em Cristo através da Igreja. Não só a reconciliação do homem com Deus, mas reconciliação de todas as coisas, “as coisas do céu e da terra” Efésios 1.10. A redenção do homem é o centro do plano de Deus, mas não a circunferência desse plano. Não podemos, como Igreja, deixar de atender todas as necessidades do homem. Um dos maiores desafios a ser enfrentado pela Igreja nos dias de hoje é a questão da identidade. “A questão identidade da igreja é colocada como um desafio a ser enfrentado …a igreja encontra-se num processo de sincretismo acrítico muito perigoso. Tem assumido valores e desenvolvido comportamentos que se encontram longe dos padrões do Novo Testamento. Tem utilizado métodos que, se têm a vantagem de facilitar a comunicação com as pessoas de um modo geral, apresentam a desvantagem de comprometer a radicalidade e diferença que devem marcar a identidade do seguidor de Jesus Cristo. Parece que a síndrome do sucesso tem subido à cabeça de líderes e grupos que, por causa do sucesso, deixam de observar as demandas da fé… devemos viver de acordo com os valores que Jesus nos ensinou. ” Devemos estar concisos da missão da Igreja, devemos fazer uso de todos os recursos possíveis para alcançar a todos sem, contudo, mudar a mensagem salvadora, pois os homens encontram-se mergulhados em uma das mais profundas frustrações e mais confusos do que em qualquer outro tempo da história da humanidade. As pessoas estão buscando intensamente soluções para o vazio que invade suas almas. Recursos materiais, educação, cultura, satisfação do apetite carnal não bastaram para preencher esse vazio e como resultado desta desesperança, vem o ceticismo, o envolvimento com drogas, o crescimento da violência e da imoralidade. “Necessitamos, com base na Palavra de Deus e somente nela viver os valores ensinados e vivenciados por Jesus, assumir o compromisso de obedecê-lo e vivencia-los mesmo que isto signifique a impopularidade. Pois “Fidelidade e não popularidade deve ser o critério de nossa fé e comportamento como discípulos de Jesus. Nesse sentido, todo o artificialismo de programas que pretendam levar uma Igreja a ser bem sucedida fora dos padrões do Novo Testamento, ainda que bem intencionados, devem ser rejeitados por todos nós.” Pois o mundo precisa de uma Igreja de visão, proprietária das doutrinas de Deus, mensageira do Evangelho, mestra dos ensinos de Cristo; pois uma Igreja com estas qualidades pode dar à humanidade uma visão real, uma noção adequada da vida, um conceito justo dos destinos humanos. Sejamos esta Igreja, útil ao mundo e fiel a Deus.
Sócrates Oliveira de Souza
Siga a CBP!