Anunciar, proclamar, falar, dizer, comunicar… Vários verbos definem o que todos nós Batistas brasileiros, comunicólogos ou não, fazemos para levar o Evangelho de Cristo ao Brasil e ao mundo. Mas quis Deus separar um grupo de profissionais para motivar os demais a cumprirem o Ide. Assim sinto-me há 11 anos como jornalista da Junta de Missões Mundiais.

Logo ao chegar à JMM aprendi com o pastor e jornalista Luiz Cláudio Marteletto, então gerente de Comunicação e Marketing, hoje missionário na Itália, que “o nosso setor é o espelho da organização”. Uma grande responsabilidade mostrar aos Batistas como é a agência missionária da Convenção Batista Brasileira para os povos estrangeiros. E logo comecei a ver que a responsabilidade ultrapassava todas as minhas expectativas.

Comunicar o que a JMM tem feito em 86 países através de seus mais de 2 mil missionários, entre brasileiros e obreiros da terra, representa mobilizar cada Batista a sustentar esta obra, com suas orações e também com suas ofertas; despertar no coração de um vocacionado o desejo de servir em um campo missionário; ser a conexão entre os que têm recursos financeiros e os que necessitam de alimento. Ser a voz daqueles que precisam de Cristo, mas sequer o conhece.

Cada veículo de comunicação da CBB faz esta voz ecoar mais alto. A voz dos que clamam. Nós da Comunicação a ouvimos e a fazemos reverberar em alto e bom som para que todos possam ouvir e atender a este clamor. Usamos de recursos e conhecimentos técnicos para levar um resultado cada vez melhor aos irmãos em Cristo. Mas todo o conhecimento é inútil, se à frente não estiver à vontade e unção de Deus.

Perdi as contas de quantas vezes um vídeo simples, vindo do campo missionário em baixa resolução, sem tratamento algum de imagem e som, envolveu um número enorme de pessoas, alcançando melhores resultados do que um vídeo produzido em estúdio.

Servir na Comunicação Batista é ter a oportunidade de quebrar uma das principais regras da faculdade de jornalismo: não se envolver com os personagens da sua matéria. Impossível isso acontecer aqui em Missões Mundiais. Muitas foram as oportunidades que ri e chorei com testemunhos missionários! Escrevendo uma matéria, editando um podcast, publicando um vídeo, revisando uma carta…

Aprendi na JMM a desenvolver minha sensibilidade, enxergando em tudo possibilidades para novos conteúdos que envolvam mais pessoas com a obra transcultural. A correria e pressões do dia a dia às vezes insistem em roubar este feeling, mas é só iniciar um novo conteúdo e Deus quebranta o coração, falando a todo o tempo o motivo pelo qual me chamou para ser parte da história da Comunicação Batista.

Neste ano o mundo passa por uma grande reformulação também em sua forma de se comunicar. Boa parte das plataformas digitais já estava a nossa disposição, mas não eram usadas em sua plenitude; e ainda falta muito para isso. Então veio o coronavírus e nos fez tremer. Mas Deus segurou nossas mãos e tem nos mostrado o caminho certo. Surge um novo tempo para a Comunicação Batista. Novos desafios que, mais do que profissionais, precisam de servos bons e fiéis dispostos a seguir adiante porque a obra é para quem sabe em quem tem crido e reconhece que Ele é poderoso.

Por Marcia Pinheiro, jornalista da Junta de Missões Mundiais

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