Todo ano a mesma coisa…

Foi assim desde que um movimento começou a acontecer, segundo a tradição, em meados de 1914, quando o presidente Thomaz Wooldrow Wilson oficializou a data nos Estados Unidos, que se difundiu para o mundo afora.

O fato foi motivado pela história marcante de Anna M. Jarvis, que entrou em um estado depressivo diante da morte da sua mãe, sensibilizando amigos, que organizaram uma festa em homenagem à falecida. Há histórias diferentes e mais antigas, contadas a partir do século XVII, em que a Igreja parava para celebrar o domingo das mães, por conta da realidade de muitos filhos que residiam fora da cidade, estado ou países, e que nesta data se programavam para estar com as mães. No Brasil a data passou a ser celebrada em caráter oficial em 1932, pelo então presidente Getúlio Vargas, sendo estabelecido o segundo domingo de maio como a data comemorativa.

Muito embora a história se embase em um fato de amor, carinho e admiração, vale dizer também que tão logo começou a misturar-se com propósitos comerciais. Segundo a história, a própria Anna intensificou campanhas para restaurar o propósito original da data, que é de prestar homenagem àquela que submeteu o seu corpo, alma e coração, para gerar uma nova vida.

Como disse logo no início, Dia das Mães é todo ano a mesma coisa. Filhos se reúnem para passar o dia com suas mães, compram presentes e almoçam juntos. É uma lembrança bonita, mas quais significados podem ser atribuídos a tal data?

Ser mãe vai contra a lógica do prazer. Na Bíblia, encontramos belos exemplos. Joquebede teve que arrumar um cesto de junco e nele depositar o filho, colocando-o em um rio, claro, confiando seu destino nas mãos de Deus. Maria foi submissa a toda a vontade de Deus, tendo que, humanamente suportar o sofrimento de ver Jesus sendo humilhado e morto na cruz.

De outra forma, podemos comprovar esta afirmativa (de que ser mãe vai contra a lógica do prazer) apenas relatando o que é comum a todas as mulheres que passam pela experiência da maternidade: a dor. O corpo entra em uma fase de desorganização biopsicossocial para poder gerar uma nova vida. É um verdadeiro estado de renascimento. Mas esta homenagem ainda cabe àquelas que não suportaram as alterações da gestação, mas que mesmo assim conseguem assumir a mesma posição ao doar o seu amor para o cuidado materno de um filho que, biologicamente, não é seu.

Ser mãe é um grande mistério, que nós homens jamais desvendaremos. Resta-nos, parabenizá-las, por tão rica missão. Dias das Mães é todo ano a mesma coisa, jamais será diferente para aqueles que sabem reconhecer toda a essência que se esconde atrás de um presente, flores ou de qualquer coisa que não seja o amor e o respeito que temos por vocês. Parabéns mamães, louvamos a Deus por vocês existirem.

 

Alex Ferreira

Conselheiro da JUBEPAR

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