A Teologia do Velho Testamento é o estudo dos atributos e atividades de Deus e o propósito das suas atividades na história e na vida do povo de Israel, de acordo com a doutrina da revelação divina registrada nos livros sagrados desse povo.

As divisões naturais incluem as grandes doutrinas a serem discutidas: Doutrina da Criação , Doutrina de Deus, Doutrina do Homem e do Pecado e Doutrina da Salvação. Como podemos observar, as grandes doutrinas do Novo Testamento estão presentes no Antigo. Algumas, de forma muito clara, outras, na forma tipológica presente nos rituais, símbolos e objetos sagrados, que seriam iluminadas e completadas com a revelação do Novo Testamento.

Por isso a igreja precisa conhecer com profundidade o Antigo Testamento. As afirmações de que tudo o que foi escrito serve para nos ensinar (Rm 15: 14), ou, toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para levar à maturidade (2 Tm 3:16,17), ou, que a palavra de Deus é viva e eficaz para discernir pensamentos e intenções do coração (Hb 4:12), ou ainda nas palavras do próprio Jesus: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim (Jo 5 :39), referem-se todas ao Antigo Testamento.

Assim, as práticas judaizantes na Igreja atualmente, nada tem a ver com o ensino do Antigo Testamento para a igreja, mas com uma abordagem e interpretação erradas sobre ele. Como o Novo Testamento é o registro do cumprimento das “sombras e tipos” do Antigo, todas as afirmações extraídas dele precisam ser examinadas à luz da revelação da doutrinas dos apóstolos, cujo fundamento é Jesus e seus ensinos.

Todo o arcabouço religioso judaico e seus conteúdos, como as instruções sobre o templo e seu funcionamento, seus sacrifícios, dias de festas, rituais, objetos sagrados, práticas e costumes, devem ser considerados “sombras” que têm pleno cumprimento em Jesus e seus ensinamentos para a Igreja.

Da Teologia do AT, o que se aplica à igreja são os princípios relacionados com todas as demandas e injunções da verdadeira adoração da  religiosidade judaica, ou seja, as motivações, a intensidade da devoção e do amor a Deus, a fidelidade, a santidade, a busca ansiosa  por Deus e sua presença, que sinalizavam verdadeiramente, o zelo pelo nome de Deus e o compromisso para que a Glória de Deus fosse contemplada e adorada em toda a terra.

Foi o próprio Deus que denunciou: “De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? —diz o Senhor. Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniquidade associada ao ajuntamento solene. As vossas Festas da Lua Nova e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas”. (Is 1: 11-17).  Que Deus nos ajude! Amém!

 

 

Pr Paulo Real

Pastor da IBV7

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