Quem não gostaria de ser um pastor tipo José? Desde a adolescência aquele menino revelava qualidades desconhecidas das pessoas comuns. Quais seriam aquelas virtudes que faziam de José do Egito uma pessoa tão fora de série?

Menino ingênuo – Talvez apresentasse na meninice um único defeito, se é que podemos chamar de defeito aquela sua pura ingenuidade, quando contava para os irmãos seus extravagantes sonhos. Na verdade, não eram quaisquer sonhos. Eram verdadeiras revelações do que havia de suceder com o menino, sua família e seu povo muitos anos mais tarde.
Bom filho –  Recebendo tarefa muito desconfortável, a de tomar conta dos irmãos mais velhos, obedecia ao pai sem murmurar. A própria túnica multicolor oferecida pelo pai, embora bastante questionada do ponto de vista da psicologia moderna, indicava tratar-se de um filho muito especial. Quando elevado ao cargo de governador do Egito, tudo fez para levar o pai para onde se encontrava, garantindo a melhor qualidade de vida àquele que o considerava morto há muitos anos.
Homem espiritual – Seu temor a Deus e sua espiritualidade ficam evidentes. Primeiro, no caso de resistência diante do assédio da mulher de Potifar, especialmente se tratando de um jovem, solteiro, sem família e desertado. Qualquer aventura pareceria melhor que seu viver solitário. Segundo, porque não fez darisão e dos açoites motivo de revolta, negligência nos deveres e outras atitudes negativas, como tentativa de fuga ou suicídio. Pelo contrário, fazia tudo prosperar em suas mãos. Terceiro, porque só um caráter altamente espiritual poderia explicar o perdão concedido aos irmãos que o venderam como escravo, ao ocupar agora a posição de governador, com a chance de vingar-se de todos. Sua espiritualidade foi maior que tudo.
Consciência messiânica – Muito mais que por razões de cidadania ou patriotismo, seu último pedido – que seus ossos fossem levados com o povo de Israel -, fala muito bem da certeza de que seu povo um dia sairia do Egito para a terra prometida ao bisavô Abraão para receber Jesus Cristo, o mais honrado descendente. Essa consciência era tão importante para

os patriarcas de então, como é a volta de Jesus Cristo para os pastores e ovelhas de hoje. Por tudo isso e muito mais, podemos dizer que José foi um verdadeiro tipo de pastor, um autêntico exemplo de caráter e nobreza de espírito, um modelo de liderança, um homem quase perfeito, não fosse por uma fraqueza, que muito tem a nos ensinar: Esqueceu-se de preparar sucessores junto ao trono de Faraó. E por essa lacuna, sua fama e seu nome mergulharam no esquecimento, ao ponto que houve um rei que não conheceu a José. Isso fez uma enorme diferença, pois, se o tivesse conhecido, a história que temos seria totalmente outra. Isso não significa o ingresso de pastores na política partidária. Mas, Façamos sucessores espirituais de tal nível, que, por eles, não sejamos esquecidos das futuras côrtes e gerações.
Siga a CBP!