O ítulo parece se destinar a uma doença, porém, esta não está classificada entre as psicológicas ou psicanalíticas (há diferença). Talvez esteja ligada, muito mais, à natureza tendente ao pecado em que nasce o homem. Mas, como a Palavra nos mostra esse comportamento como um erro a ser corrigido, quero encaixá-lo em uma neo-classificação de doença espiritual. Mas o que vem a ser? Quando lemos sobre Adão, logo após ter pecado, e vemos o questionamento de Deus sobre o que fizera, vemos uma resposta acusativa e safa. Adão diz: “A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi (Gn 3.12). Adão, antes de reconhecer seu erro – eu comi coloca a culpa em Deus e na mulher, talvez, na tentativa de amenizar sua culpa, ou receber um castigo mais brando. Não importa a motivação e, sim, seu ato; Adão tentou eximir-se de sua responsabilidade e tentou transferir a culpabilidade para quem estava ao seu redor. Quantas vezes não fazemos isso? Estamos, quase sempre, na busca por algo que justifique nossos erros e culpamos a quem pudermos relacionar à situação, na tentativa, quase absurda, de nos esquivarmos de receber a punição devida ao erro. Quando chegamos atrasados na Igreja, a culpa é da esposa, dos filhos, do carro, do trânsito, do local de estacionar lotado, do relógio que não despertou, e assim por diante. Mas, porque não acordar 15 minutos mais cedo e conseguir chegar na hora? Por que transferir a culpa? A culpa não é de ninguém a não ser de nós mesmos. Esta é uma situação exemplo, porém, quantas outras não poderíamos imaginar? Por que deixamos a toalha molhada no lugar errado, penduramos roupas íntimas dentro do box do banheiro, deixamos de lavar a louça que usamos, não estudamos as lições da EBD, não participamos dos projetos desenvolvidos na Igreja local, não dizimamos, não apoiamos o pastor que Deus nos deu? As desculpas e escusas são as mais variadas e “válidas” possíveis, porém, como Adão, esquecemos que estamos lidando com Aquele Que tudo vê, e que nada escapa ao seu conhecimento. Onde quer que estejamos, e o que fizermos é de conhecimento do Criador, e não há como se esconder disso. Como nos diz o salmista: “Para onde fugiremos da Tua face”? O que me impressiona é que mesmo tendo todos os exemplos bíblicos, toda a orientação e instrução disponíveis nos dias de hoje, continuamos a fazer as coisas como se Deus não fosse saber. Mentimos, distorcemos, falamos mal uns dos outros (fofoca, principalmente no WhatsApp), acusamos (essa função já tem dono), julgamos (essa também), adulteramos, saímos da vontade diretiva de Deus e tentamos trilhar a vontade permissiva sem ter consequências ruins e, depois de tudo isso, colocamos a culpa em alguém, inclusive no seu Pai. Há algum tempo atrás um jornalista perguntou à filha de Billy Graham porque tantas desgraças no mundo, onde está Deus que deixa tudo isso acontecer, e ela, com muita sabedoria – creio que vinda do Espírito – respondeu que nós queremos tomar nossas próprias decisões, viver do nosso jeito e excluímos Deus da escola, da política, da família, e quando as coisas dão errado, questionamos porque Deus permitiu. Essa resposta mostra a raiz desta doença espiritual e sua cura. Quanto mais nos afastamos da direção, orientação, mandamentos e princípios divinos, mais sofremos as consequências de nossos atos e não queremos receber o castigo merecido. A solução está posta na Graça e Misericórdia do nosso Eterno Deus, pois, se nos arrependermos e pedirmos Seu perdão, recebemos. Pela Graça, recebemos algo que não merecemos; e pela Misericórdia, não recebemos aquilo que não merecemos. Portanto, não transfira a culpa.; viva a cura da Síndrome de Adão, dada em Jesus Cristo.

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